Práticas de percussão e transtorno do espectro autista em projeto social: entrevistando pais e responsáveis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33054/ABEM202432217

Palavras-chave:

Educação Musical Inclusiva, práticas de percussão, Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Resumo

Versa-se, com este trabalho, sobre os limites e as possibilidades da Educação Musical Inclusiva, considerando as práticas de percussão para crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A problemática da pesquisa emerge das reflexões acerca das atividades desenvolvidas nas oficinas do Projeto de Percussão Social Atoque, em Santa Maria (RS). O objetivo geral é verificar os efeitos da intervenção musical da oficina de percussão, assim como a relação social e de aprendizagem de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), contribuindo para a sua inclusão social, a partir das narrativas de pais e responsáveis. A metodologia de estudo da pesquisa é qualitativa. Os dados foram levantados através de entrevistas semiestruturadas. As narrativas tornaram-se relevantes para esta pesquisa porque instigaram o educador a considerar a possibilidade de atuar como narrador protagonista ativo, como escritor de histórias que se constituem a partir de diversas situações de formação, retratando a importância da aprendizagem e da reflexão, caracterizando um diálogo aberto. Os sujeitos da pesquisa constituíram-se, nesta investigação, a partir da relação desenvolvida no Projeto de Percussão Social Atoque, com seis crianças e adolescentes de 9 a 17 anos, diagnosticados com TEA, a partir da perspectiva dos responsáveis.

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Biografia do Autor

Ivo Pereira da Costa Neto, Universidade Federal de Santa Maria

Ivo Pereira da Costa Neto concluiu o mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e possui graduação em Música - Bacharelado em Percussão UFSM (2019). Atuou como professor do projeto social Atoque, Orquestra Jovem Recanto Maestro e do projeto social Madre Francisca. Tem experiência na área de música, com ênfase em instrumento de percussão, tendo atuado como percussionista da Banda Sinfônica da UFSM nos anos de 2017 e 2019. Atuou também no Grupo de Percussão da UFSM de 2008 a 2018 e foi percussionista da Orquestra Sinfônica de Santa Maria de 2013 a 2016. Atualmente, é instrutor de bateria e percussão na escola Oficina de Talentos/Prefeitura de Panambi (RS) e professor de percussão no Colégio Evangélico de Panambi (CEP).
http://lattes.cnpq.br/3342227108811060

Ana Lúcia Louro, Universidade Federal de Santa Maria

Ana Lúcia Louro possui graduação em Bacharelado em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (1991), mestrado em Música pela mesma instituição (1995) e doutorado em Música também pela UFRGS (2004). Atualmente, é professora titular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Educação Musical, atuando principalmente nos seguintes temas: narrativas de si, educação musical, formação de professores, identidades profissionais e cursos superiores de música. É líder do grupo NarraMus e membro do Movimento (Auto)biográfico da Educação Musical no Brasil e do grupo de pesquisa Ecom (Educação Musical e Cotidiano).
http://lattes.cnpq.br/8744911424416533

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Publicado

2024-07-03

Como Citar

Pereira da Costa Neto, I., & Louro, A. L. (2024). Práticas de percussão e transtorno do espectro autista em projeto social: entrevistando pais e responsáveis. REVISTA DA ABEM, 32(2), e32217. https://doi.org/10.33054/ABEM202432217