Inspirando uma mudança em notas sociológicas: o docente como agente no ensino superior de música
Resumo
Com o currículo amparado na cultura musical erudita, o ensino superior de música no Brasil tende à preservação da tradição do gosto clássico como base da formação profissional institucionalizada. Não obstante, os docentes universitários surgem como agentes elementares para a interpretação das estruturas curriculares, sendo fundamentais no processo de (re)construção, aplicação e manutenção dos currículos. Neste artigo, os autores recapitulam três pilares conceituais da teoria crítica da educação de Pierre Bourdieu – campo, capitais e habitus –, incluindo o conceito de agência. O objetivo foi situar a educação musical e o ensino superior de música no Brasil em uma matriz conceitual que amplia o foco para seu contexto social. A partir da conceituação proposta, é possível dar sentido à educação musical como um campo em tensão, fundamentado em uma hierarquia estética que o sistema tende a reproduzir ao longo do tempo. Com isso, vemos que o campo da educação musical reflete e reforça o contexto societário mediante um sistema de disposições internalizadas pelos professores durante o processo de socialização. No entanto, o artigo é concluído com uma nota de otimismo ao conceituar o professor como um agente de mudança, um ator com um poder latente para (re)interpretar o currículo e quebrar o ciclo de exclusão e elitismo na cultura musical do ensino superior.
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