A institucionalização da educação musical no Brasil Império: três aspectos de uma transformação no ensino de música
Abstract
A generalização das formas institucionalizadas de ensino-aprendizagem de música no Brasil decorre do desenvolvimento das relações de produção capitalistas no período imperial, movimento acompanhado pela superestrutura ideológica originada a partir da sociedade burguesa. Em meio a este cenário, novos processos pedagógicos são adotados, organicamente ligados a tais alterações estruturais, promovendo uma transformação qualitativa da educação musical. O presente trabalho1 visa explorar algumas características desta transformação, entendendo-a como um avanço, mesmo que profundamente contraditório, na consciência da prática educacional da música. Por meio de pesquisas bibliográficas e documentais, realizamos um estudo de natureza historiográfica e filosófica, sob a unidade teóricometodológica do materialismo histórico-dialético. Discutimos três aspectos da referida transformação: a) a passagem das práticas pedagógicas apoiadas na relação mestre-aprendiz às novas formas de organização do trabalho educativo; b) a sistematização dos saberes escolares da música a partir da constituição de materiais didáticos; c) as contradições presentes nos objetivos da formação musical a partir da noção, hegemônica à época, de progresso da civilização. Esperamos que tais análises possam subsidiar novos olhares, não somente para a trajetória histórica da educação musical, mas também (e, principalmente) para nossa própria prática pedagógica, especialmente aquelas que remetem à educação escolar.Downloads
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