Traços de percursos de inserção profissional: um estudo sobre egressos dos Conservatórios Estaduais de Música de Minas Gerais
Resumo
A presente pesquisa objetivou investigar a inserção profissional dos egressos doscursos técnicos dos Conservatórios Estaduais de Música de Minas Gerais (CEM).Nortearam o trabalho os conceitos de inserção profissional, trabalho, emprego eocupação, além da definição de precarização e flexibilização do trabalho. O métodoescolhido foi o survey e a população foi composta pelos egressos dos cursostécnicos de dez dos 12 CEM dos anos de 2010, 2011 e 2012. O instrumento decoleta de dados foi o questionário autoadministrado via internet. O percurso dainserção profissional dos egressos é esboçado a partir dos traços deixados por eles.Os resultados indicaram que os percursos de inserção profissional dos egressossão marcados por características sociodemográficas; pela precocidade, tanto daformação quanto da atuação profissional; pela continuidade da formação, seja naárea de música ou em outras áreas; e, em alguns casos, pela disfunção da inserçãoprofissional, já que nem todos passam a atuar profissionalmente na área do cursodepois de o terem concluído. Esses resultados poderão contribuir para uma melhorcompreensão da articulação dos cursos com o mercado de trabalho da área demúsica e, de modo mais amplo, com a sociedade.
Downloads
Referências
ALVES, Mariana Gaio. A Inserção Profissional de Diplomados de Ensino Superior numa Perspectiva Educativa: o caso da Faculdade de Ciências e Tecnologia. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2003. 484 f. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) - Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2003.
BABBIE, Earl. Métodos de Pesquisas de Surveys. Tradução de Guilherme Cezarino. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. V. 32. Brasília, 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Diretoria de Políticas de Educação Profissional e Tecnológica. Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos. Brasília, 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Pesquisa Nacional de Egressos dos Cursos Técnicos da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (2003-2007). Brasília, 2009.
CARMONA, Raquel; RIBAS, Maria Guiomar. Curso Técnico de Música: que sentido para os estudantes? Que papel formador? In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA, 22., 2012, João Pessoa. Anais. João Pessoa: ANPPOM, 2012. P. 830-837.
CASACA, Sara Falcão. Flexibilidade, Trabalho e Emprego: ensaio de conceptualização. Instituto Superior de Economia e Gestão – SOCIUS Working papers. Lisboa, n. 10, nov. 2005.
COLI, Juliana Marília. “Vissi D’Arte” Por Amor a uma Profissão (um estudo sobre as relações de trabalho e a atividade do cantor no teatro lírico). Campinas: Unicamp, 2003. 367 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003.
CORREIA, Sílvia Gomes. Sentidos da Educação Profissional Técnica em Nível Médio: um estudo de caso com alunos do Centro de Formação Profissional em Música Walkíria Lima, Macapá/AP. Porto Alegre: UFRGS, 2011. 118 f. Dissertação (Mestrado em Música) - Programa de Pós-Graduação em Música, Instituto de Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
COSTA, Cristina Porto. Educação Profissional Técnica de Nível Médio em Música: formação de instrumentistas e inserção laborativa na visão de seus atores: o caso do CEP- Escola de Música de Brasília. Brasília: UnB, 2014. 336 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
ESPERIDIÃO, Neide. Educação Profissional: reflexões sobre o currículo e a prática pedagógica dos conservatórios. Revista da ABEM, Porto Alegre, v. 7, p. 69-74, 2002.
FOWLER JR., Floyd J. Pesquisa de Levantamento. Tradução de Rafael Padilha Ferreira. Porto Alegre: Penso, 2011.
HOLZMANN, Lorena; PICCININI, Valmíria. Flexibilização. In: CATTANI, Antônio David; HOLZMANN, Lorena (Orgs.). Dicionário de Trabalho e Tecnologia. 2. ed. rev. ampl., Porto Alegre: Zouk, 2011.
LEITE, Jaqueline Câmara. O Curso Técnico de Música do Colégio Estadual Deputado Manoel Novaes na Atuação Profissional de seus Egressos: uma abordagem sociohistórica. Salvador: UFBA, 2007. 175 f. Dissertação (Mestrado em Música) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2007.
LIMA, Sonia Regina Albano de. A Resolução CNE/CEB 04/99 e os Cursos Técnicos de Música na Cidade de São Paulo. Revista da ABEM, Porto Alegre, v. 8, p. 81-83, mar. 2003.
MINAS GERAIS (Estado). Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Resolução no 718, de 18 de novembro de 2005b. Dispõe sobre a organização e o funcionamento do ensino de música nos Conservatórios Estaduais de Música e dá outras providências, Belo Horizonte, 2005.
MOREIRA, Rafael Mendes; ANTONELLO, Ideni Terezinha. Precarização do Trabalho: o microcrédito como possibilidade de desenvolvimento socioespacial. RA´E GA, Curitiba, v. 23, p. 98-123, 2011.
OLIVEIRA, Beatriz de Macedo. Formação de Nível Técnico e Atuação Profissional do Egresso do Conservatório Estadual de Música de Uberlândia. Uberlândia: UFU, 2012. 177 f. Dissertação (Mestrado em Artes) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2012.
OLIVEIRA, Maria do Carmo Leite de; SILVEIRA, Sonia Bittencourt. O(s) Sentido(s) do Trabalho na Contemporaneidade. Revista de Estudos Linguísticos Veredas, Juiz de Fora, v. 16, n. 1, p. 149-165, 2012.
PICHONERI, Dilma Fabri Marão. Músicos De Orquestra: um estudo sobre educação e trabalho no campo das artes. Campinas: Unicamp, 2006. 128 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.
______. Relações de Trabalho em Música: a desestabilização da harmonia. Campinas: Unicamp, 2011. 235 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2011.
PIMENTEL, Maria Odília de Quadros. O Curso Técnico do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernândez sob o Olhar de seus Egressos: o perfil do profissional formado e suas perspectivas sobre o mercado de trabalho. In: CONGRESSO ANUAL DA ABEM, 20., 2011, Vitória. Anais. Vitória: ABEM, 2011.
PIMENTEL, Maria Odília de Quadros. SOUZA JÚNIOR, Carmerindo Miranda de. O Egresso do Curso Técnico do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernândez e o Mercado de Trabalho do Século XXI. In: CONGRESSO DA ANPPOM, 22., 2012, João Pessoa. Anais. João Pessoa: ANPPOM, 2012. P. 1472-1479.
REQUIÃO, Luciana Pires de Sá. “Eis aí a Lapa...” Processos e Relações de Trabalho do Músico nas Casas de Shows da Lapa. Niterói: UFF, 2008. 262 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2008.
ROCHA-DE-OLIVEIRA, Sidinei. Inserção Profissional: perspectivas teóricas e agenda de pesquisa. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 124-135, jan/mar. 2012.
RUBIM, Antônio Albino Canelas. Cultura e Políticas Culturais. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2011.
SALAZAR, Leonardo. Música Ltda: o negócio da música para empreendedores (inclui um Plano de Negócios para uma banda). Recife: Sebrae, 2010.
SEGNINI, Liliana Rolfsen Petrilli. À Procura do Trabalho Intermitente no Campo da Música. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 16, n. 30, p. 177-196, 2011.
WOLECK, Aimoré. O Trabalho, a Ocupação e o Emprego. Uma perspectiva histórica. Revista de Divulgação Técnico-Científica do Instituto Catarinense de Pós-Graduação. Disponível em: http://www.ea.ufrgs.br/graduacao/disciplinas/adm01156/CONCEITOSDETRABALHOEMPREGO.pdf. Acesso em: 02 nov. 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os(As) autores(as) que tiver(em) seu texto manuscrito aprovado deverá(ão) enviar à Editoria da REVISTA uma Carta de Cessão (modelo enviado no ato do aceite), cedendo os direitos autorais para publicação, em regime de exclusividade e originalidade do texto, pelo período de 2 (dois) anos, contados a partir da data de publicação da REVISTA.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaramos que os artigos presentes na REVISTA DA ABEM são originais e não foram submetidos à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaramos, ainda, que, após um artigo ser publicado pela REVISTA DA ABEM, ele não poderá ser submetido a outra forma de publicação, no prazo de dois anos. Passado esse período, a REVISTA DA ABEM cede direitos aos(às) autores(as) para publicarem o texto em livros ou outro periódico, desde que haja autorização do Conselho Editorial.
Também temos ciência que a submissão dos originais à REVISTA DA ABEM implica transferência dos direitos autorais da publicação digital e, a não observância desse compromisso submeterá o(a) infrator(a) a sanções e penas previstas na Lei de Proteção dos Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).